quinta-feira, 7 de abril de 2011

Todos contra a violência

A presidente Dilma Rousseff afirmou categoricamente ontem: "Não é característica do país ocorrer esse tipo de crime", referindo-se à tragédia que acometeu o Rio de Janeiro. O massacre que deixou 11 corpos de crianças espalhados mortos em uma escola  municipal em Realengo. Foram cenas de horror transmitidas pela imprensa nacional e internacional. "As imagens pareciam coisa de filme", era a afirmação de muitos brasileiros, muitos inclusive que chegaram na escola momentos depois da chacina.
O Brasil, realmente, nunca tinha acompanhado tamanha tragédia senão pela televisão, seja por filme ou pelos vários massacres já ocorridos nos Estados Unidos ou Europa. A indignação que tomou conta do país está exatamente ligada às palavras da presidente: será que depois de importar a bebida, a comida e tantas outras "modinhas" americanas, o Brasil agora vai herdar de fora esse instinto assassino?
É uma situação que não pode ser compreendida, nem mesmo explicada, e o pior ainda, não pode ser prevista.   Não há política pública ou mesmo investimentos para garantir que esse tipo de crime hediondo não se repita, mas é preciso se falar em prevenção. A Câmara esteve colocando em pauta ontem, a questão do armamento. O presidente da Casa falou em endurecer a Legislação sobre o porte de armas de fogo no país. Já a mídia buscou nas palavras dos melhores especialistas do país a explicação para o comportamento do jovem.
A barbárie que deixa o país em luto oficial traz à tona a fragilidade em que vivemos em qualquer local. Mesmo assim é preciso trabalhar contra esse tipo de comportamento.
Mas se em casa, cada pai e cada mãe investem o que podem para proteger seus filhos contra qualquer tipo de violência, é no mínimo justo que na escola aconteça o mesmo por parte de seu mantenedor, o poder público, seja ele municipal, estadual ou federal.
A comunidade de Realengo está chocada e chora a morte de suas crianças, mas os outros pais do Brasil também estão chocados porque viram com seus olhos uma tragédia que poderia ter acontecido em qualquer lugar.
Mesmo não tendo como controlar o uso de arma de fogo, é preciso continuar fechando o cerco. Não se pode deixar de travar essa luta contra a violência, principalmente dentro de casa, com os pais educando seus filhos, com o poder de polícia controlando as drogas e com o governo investindo em educação de qualidade. Os brasileiros buscam a solução, pedem detector de metais nas portas das escolas. Que esse luto sirva para abrir os olhos de que uma escola precisa, sim, de livros, de quadras, de computadores, mas precisa também de um guarda e de um portão fechado para a violência.

Um comentário:

Como diz o Roberto: fala aí!!!
Que eu vou ler...