domingo, 10 de abril de 2011

No mundo das princesas!



Quem disse que não podemos viver inspiradas nas princesas em pleno século 21?
Pois vou provar, ou melhor argumentar, que sim, isso é possível.
Sou uma jornalista, mãe e mulher não necessariamente nessa ordem.
Tive uma filha na semana da minha formatura. Talvez se a notícia fosse de que teria um estágio em algum jornal de grande circulação minha vida seria outra.
Mas com certeza não seria inspirada nas princesas.
Desde o momento em que soube que da minha barriga nasceria uma menina, meu mundo virou cor de rosa.
Cansei de falar que minha filha seria mais uma bolinha cor de rosa nesse mundo cinzento.
Pois bem. O que tive a ganhar com isso?
A alegria de ser mãe é inexplicável, ser mãe de primeira viagem de uma menina, incalculável. Que me perdoem as mães dos coloradinhos e gremistinhas, mas falo apenas por conhecimento de causa.
Sempre achei que uma mulher não se sente completa sem ser mãe. Estou convicta que todas as mulheres devem ter uma menina. Então, para as mães de machinhos, não desistam e povoem esse mundo até vir a notícia pintada de Pink!
A história de vida de qualquer menina começa junto com a presença de princesas dentro da tua casa. Com raras exceções chamadas Moranguinho, Hello Kity, super poderosas e mais algumas, que não deixam de ser cor de rosa, ou no máximo lilás, ao receber em casa uma menina, você abre a porta para um mundo de princesas.
A bela, Cinderela, Branca de Neve, Encantada e mais algumas se tornam íntimas da família. Ou melhor, fazem parte da família. E não se engane pensando que a Barbie não está na lista. Dê uma voltinha no camelô mais próximo e terá à sua disposição no mínimo meia dúzia de filmes revelando que a Barbie é sim uma princesa!
Na verdade, com o tempo você aprende a conviver com elas. Antes do primeiro ano de vida, a história tradicional, (sabe aquela estampada nos livros com final feliz?), pois é, você sabe decor em  365 dias, ou talvez menos.
Mas isso não é um problema. Afinal, você se torna mãe, trabalha fora, tem que cuidar da casa e ainda ser uma “bela”, esposa. Pouco tempo sobra para você se desligar dessa realidade.
Não que ela seja cruel. Ela é difícil e prazerosa (com certeza parece um jargão, mas falo em nome de todas as mães).
Mas, sonhar faz bem. E na verdade você só nota isso quando assiste aquele filminho, junto com sua menina, da história daquela princesa. Seja ela qual for, vai terminar em final feliz. Ela vai achar um príncipe encantado e ser feliz para sempre. Então por um segundo de bobeira (ou não), você se pega pensando que também poderia ter um final feliz.
 Goooool! Você se dá conta que por mais que essa vida consumista de um mundo capitalista engula a maior parte do seu tempo, você pode sim ter sonhos e buscar um final feliz para tua própria vida. Aí você começa a gostar cada vez mais dos tais filminhos. E cada vez que você assiste um, suas energias se renovam, porque sem querer você se pega em lágrimas quando o príncipe beija, ou salva a vida de uma princesa.
A emoção é tão grande, que você pensa: “sim, eu também posso ser uma princesa”,mesmo que seja no intervalo entre limpar a casa, fazer o almoço e ter uma reunião de pauta. E eu assumo: fui contagiada, tive um sonho de princesa, mas essa é outra história.

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Como diz o Roberto: fala aí!!!
Que eu vou ler...